O POBRE E O RICO.

Jose Amauri Clemente
todos os direitos reservados
2004

Muitos poetas criaram
Poesias muito nobres
Em muitas canções falaram
Sobre ouro, prata e cobre
Agora quero falar
A diferença que há
Entre um rico e um pobre

Pobre levanta bem cedo
Entra no campo da roça
Pra ele não existe medo
Vive na sua palhoça
Trabalha o dia inteiro
Ganhado pouco dinheiro
Fica feliz quando almoça

O rico levanta tarde
Vai pro campo de esporte
O perigo sempre arde
Protegio, teme a morte
Vive em prédio ou na fazenda
Ganha muito em sua renda
Feliz por que teve sorte

O pobre tem que fazer
Não tem ninguém pra mandar
Espera o filho crescer
Pra que possa lhe ajudar
Não pode estudar direito
Quando aprende tem defeito
Por que não pode pagar

O rico não faz, ordena!
Tem empregado de sobra
O que é fraco condena
Sabe fazer a manobra
Bota os filhos pra estudar
Em escola particular
Se não ensina ele cobra

Pobre dorme no colchão
Feito de pano ou capim
Às vezes em cama de vara
Sorte quando tem assim
Muitas vezes descoberto
E quando o frio está perto
Reclama achando ruim


Rico dorme em motel
Em colchão muito melhor
Mesmo sem a sua esposa
Nunca chega a dormir só
Não tem horas pra acordar
Basta só telefonar
Para ter sempre o melhor

Pobre entra em um mercado
É vigiado de perto
De vigilante cercado
Pra ver se ele age certo
Pensam que ele quer roubar
E para lhe vigiar
Bota um segurança perto

O rico entra no mercado
A segurança também
Está sempre vigiado
Por que sabem que ele tem
Pode chegar a roubar
Paga se quiser pagar
E não reclama ninguém

Pobre só manda recado
Quando um amigo passa
Quando está com algum trocado
Mete-se a tomar cachaça
Mesmo sem ser bagunceiro
Passa a ser prisioneiro
Sem provocar arruaça

Rico usa celular
Para mandar seu recado
Sempre quando vai tomar
O Wisk é importado
Bagunça e não paga nada
Se cair pela calçada
E ainda é elogiado

O pobre pra se curar
É com remédio do mato
Quando vai se consultar
O médico lhe passa um gato
Diz que a culpa do pigarro
É do maldito cigarro
Que ta lhe dando mau trato

O rico tem hospital
O remédio vem de graça
Mesmo que chegue bem mal
O doutor remédio passa
Diz o vício não faz mal
Sei que fumas social
Consulta, ri e lhe abraça.

O pobre pra receber
Um salário bem pequeno
Tem vontade de morrer
Pois a fila é um veneno
E quando chega no caixa
A conta está sempre baixa
Cada mês é sempre menos

O rico pra receber
É pelo computador
Rico na fila, nem ver!
No banco é sempre senhor
E quando tira o estrato
Digo isso sem boato
Sempre é maior o valor

O pobre quando tem fim
Se diz que “Bateu as bota”
Só a família acha ruim
O resto às vezes nem nota
Rezam uma sentinela
Que quase se rasga a “guéla”
E numa cova lhe bota

O rico quando falece
Diz que há um funeral
Só com muito tempo esquece
A cidade passa mal
Pra sepultar se leva em carro
Não bota em cova de barro,
Lhe faz um memorial

Mulher pobre pega bucho
Mulher rica engravida
Seios da pobre fica mucho
Seios da rica enflacida
Mulher pobre bota ponta
Mulher rica goza a vida




Quis a verdade mostrar
Por isso falei assim
Em versos pude citar
A realidade sim
Mais tem uma semelhança
Os dois quando morrem dança
Ambos têm o mesmo fim

Desgraçado é o ser
Seja rico ou seja pobre
Se um dia quando morrer
Não tem um enterro nobre
Todos vão pra um buraco
Seja forte, ou seja, fraco.
Não pode levar o cobre

Tenho em pensamentos meus
E digo para o leitor
Bom é acreditar em Deus
E O honrar como Senhor
Se morrer sem salvação
Todos vão virar carvão
E nada terá valor.

Rico ou pobre todos morrem
Mesmo tendo diferenças
Rico ou pobre todos correm
Mesmo tendo muitas crenças
Quando morre é enterrado
Se tiver certo ou errado
Só Jesus dá a sentença.

A morte é o fim de todos
Mesmo que tenham dinheiro
A quem fale ou fique mudo
Ultimo quer seja, ou primeiro!
Rico ou pobre vai ter fim
Isso é verdade sim!
Não precisa desespero.





AUTOR: JOSÉ AMAURI CLEMENTE.
JUNHO 2004