Autor: JOSE AMAURI CLEMENTE
2005
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Garoto de rua
Não és tão ruim
Nem foi o destino
Que te fez assim
Se é que ele existe
Ou nós que o fazemos
E assim crescemos
Vivendo esta vida
Passando esta lida
Sofrida e ruim.
Os muitos cigarros
Que te oferecem
No vicio maldito
Que muitos perecem
Tu não procurasses
Mais alguém te deu
hoje já morreu
Sem ter lucro em nada
Hô gente malvada!
Que a ti convenceu
Onde está a mãe
Que tu não conheces?
Onde está alguém
Pra te ensinar preces?
Por isso pereces
Sem ser culpa sua
Vivendo na rua
Em busca de pão.
Dormindo no chão
Isso não mereces.
O papel colchão
Tão fino e gelado
O jornal lençol
Às vezes molhado
O frio passado
Tudo isso é dor
Não tens cobertor
Pra te aquentar
Só em reclamar
Tens toda razão
Pois a solução
Ninguém vem te dar.
Se fosses, menino.
Mais valorizado
Se te oferecesse
Muito mais cuidado
Não fosses mostrado
Só como ladrão
Se te dessem o pão
Ensinando trabalho
Não serias falho
Como hoje ver
E ias crescer
Como um forte galho.
Se a renda fosse
Bem distribuída
Não tinhas menino
Essa dura lida
A vida sofrida
Que agora tens
E muitos reféns
Que chegas a fazer
Não iam sofrer
Se vendo em tua mão
Pois terias pão
Pra dar e vender.
Jogo perigoso,
Olhar causa dó
Sempre passa a vida
Esperando o pior
Age sempre só
Menino de rua
Agindo na sua
Uma dor lhe vem
Riqueza não tem
Infeliz será
E se reclamar
Não chega ninguém
Autor:
José Amauri Clemente
Janeiro de 2005
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