29 de abr. de 2020

BRINQUEDOS DO MEU TEMPO.



AUTOR: JOSÉ AMAURI CLEMENTE

Esse povo moderno que hoje  vejo
Não conhece o que é felicidade
Os meninos de hoje tem desejo
Que não é ideal pra sua idade
Estou fora dessa realidade
Vejo isso difícil de aceitar
Pois na rua não saem pra brincar
Por que tudo na tela ele aprecia
No meu tempo os brinquedos que eu fazia
Era muito melhor que o celular

No meu tempo se eu quisesse brincar
Os brinquedos era eu mesmo quem criava
Pois presente dos pais ninguém ganhava
Nem que mesmo chegasse a implorar
Um cavalo eu usava um mangará
Com espeto e fazia dele as pernas
Com as unhas fazia uma caverna
Tinha espaço na terra quente ou fria
No meu tempo os brinquedos que eu fazia
Era muito melhor que o celular


Com garrafa de água sanitária
Com areia e arame ultrapassado
Já bastava pra ganhar a diária
E deixar os vizinhos inconformado
Era um lepe lepe desgraçado
Que fazia zoada de lascar
Muitas vezes eu via reclamar
Meu avô minha vò e minha tia
No meu tempo os brinquedos que eu fazia
Era muito melhor que o celular

Com uma lata de óleo enferrujada
De chinelo os pneus eu quem fazia
E deixava a carreta carregada
De areia molhada ou terra fria
De um cordão ou um pau formava a guia
Só bastava um cassete pra empurrar
Com borracha eu podia amenizar
Os sopapos que nos buracos dava
No meu tempo os brinquedos que eu criava
Era muito melhor que o celular

Quando o pouco dinheiro que eu ganhava
Quando um troco da feira eu recebia
Os bonecos de plástico que eu comprava
Na sacola para casa já trazia
Era aquilo pra mim uma alegria
E eu passava o tempo sem pensar
Já chamava os amigos pra brincar
Eu notava nos olhos alegria
No meu tempo os brinquedo que eu fazia
Era muito melhor que o celular

A querrenga de coco era o meu carro
Da ladeira eu fazia uma avenida
Arrastado na lama ou no piçarro
A carreira era doida desvalida
Mesmo a morte não era ali sentida
Nem as quedas que eu chegava levar
Quando em toco chegava a se arranhar
Me lavava com álcool ou água fria
No meu tempo o brinquedo que e fazia
Era muito melhor que o celular

De dois quengo de coco eu aprontava
Um tamanco amarrado no cordão
Quando os passos na terra fria eu dava
Minhas marcas ficavam pelo chão
Isso era pra mim a diversão
Era o dia sem hora pra parar
No  instante via a noite chegar
Isso era pra nós uma alegria
No meu tempo os brinquedos que eu fazia
Era muito melhor que o celular

Pés no chão logo no raiar do dia
E descalço andava pela lama
Quando isso papai ou mamãe via
Não gritavam e nem faziam drama
Os moleques que mais pegavam fama
Eram aqueles que mais alto subia
Se escondiam nas galhas ninguém via
Quando alí tinha fruta descascava
No meu tempo os brinquedos que eu criava
Era muito melhor que o celular

Jogar bola, pinhão, bola de gude
De peteca saía pra caçar
De anzol ia sempre alí pescar
Procurar peixe grande no açude
Com meu pai mesmo sendo um pouco rude
Me ensinava a terra cultivar
Pois dizia que tem que trabalhar
Pois menino vadio não criava
No meu tempo os brinquedos que eu criava
Era muito melhor que o celular


Brincadeira de polícia bandido
Garrafão, boto e de roubar bandeira
Cada dia surgia a brincadeira
De correr chega  tinha os pés “doído”
Não havia colete protegido
Pois destreza se tinha pra brincar
Em cavalo coragem de montar
Dava salto de estourar a cia
No meu tempo os brinquedos que eu fazia
Era muito melhor que o celular

Quem me dera que esse tempo voltasse
E criança eu fosse novamente
E se fosse possível que eu mostrasse
A essa turma de jovem adolescente
Se eu vivesse essa vida novamente
E escolhesse no tempo aqui voltar
Formaria uma turma pra brincar
E pra essa galera mostraria
No tempo os brinquedos que eu fazia
Era muito melhor que o celular.















EITA!!!!!!!!!

Nesse mundo tem gente que não pensa
E se pensa se faz de idiota
Fica aos gritos e fazendo marmota
Acredita em tudo da imprensa
Faz do homem o deus da sua crença
E achando que todos são assim
E seu ídolo pra eles nunca é ruim
E ainda por cima quer tá certo
O individuo que sempre se acha esperto
É quem causa a baderna e o motim

Tenho sim minha própria opinião
Não me deixo levar pelo que ouço
Quando estou pra cair no calabouço
Verifico com calma a solução
Não saí pra votar nessa eleição
Pra escolher um senhor pra escravizar
Só votei por pensar que ia mudar
O sistema que há muito é corrompido
Pelo voto não estou arrependido
E tenho todo direito de falar

Já votei no PT me arrependi
Quando Líder foi preso eu achei bom
E em outros partidos que esqueci
Pois bandido não pode ser o som
Não confio em quem desfaz o tom
Despois muda a promessa quando ganha
E como um animal ladrão de banha
Vem com cara de quem quer ser bonzinho
Por mim pode até ficar sozinho
Por que se depender de mim não ganha


Já vi gente dizer agora é tarde
Por que eu já votei no presidente
Mas já vem a resposta então aguarde
Vou dizer em bom tom e voz ardente
Eu fiquei com a cara descontente
Quando ele alterou sua promessa
Pra crescer o país ainda tem pressa
Tem que ser com destreza e precisão
Eu não tenho ninguém de estimação
To mudando de lado, a hora é essa


Já deixei de votar em gente errada
Que por mim tava preso toda a vida
Já votei numa doida desvalida
Que no meio do turno foi tirada
Não vou tá com a cara deslavada
Pra apoiar um cara sem noção
Que talvez sendo boa a intenção
Quer chamar atenção, ser aplaudido
Eu não tenho maluco nem bandido
Pra criar como alguem de estimação


Seja Lula, Gilmar ou Bolsonaro
Seja Dilma, Mandeta ou Sergio moro
Se tiverem errado eu tiro o couro
Pois meu voto pra mim é muito caro
Vou atrás e procuro pelo faro
Se está certo eu apoio e dou a mão
Não pretendo entrar em discussão
Eu espero ter sido entendido
Deixo claro que eu não tenho bandido
E Nem louco de minha estimação