30 de set. de 2020

 

Vejo aí muita gente reclamando

Que político é ladrão e não faz nada

Ouço isso e fico me lembrando

Acho isso uma grande palhaçada

Pois tem gente que não pensa em mais nada

Só no voto que deu ou que comprou

Foi por isso que tudo desgraçou

Esses versos aqui falando eu boto

Para mim eleitor que vende o voto

É tão ruim quando o cabra que comprou

 

Compra o voto por cinquenta reais

Pois se acha o grande da história

Deixa o povo perdido na escoria

Vai embora e não volta nunca mais

Quatro anos promete e nunca faz

E o culpado é sempre o eleitor

Na verdade, é o mesmo malfeitor

E ainda se diz ser um devoto

Para mim eleitor que vende o voto

É tão ruim quanto o cabra que comprou

 

Eleitor que se troca por besteira

Seja rico ou pobre é sem valor

Seja ele aluno ou professor

Para mim não tem honra, é só asneira

Isso tudo faz virar bagaceira

Pois há muito já me desagradou

Quem o voto assim negociou

Não é certo pois isso eu anoto

Para mim eleitor que vende voto

É tão ruim quanto o cabra que comprou

 

Sendo o camarada o eleitor

Prometendo o voto não assume

Pois tem cara de um enganador

Só olhando pra ele já presume

Pois o seu candidato que arrume

Não dê crédito ao que ele falou

Pois já sabe que ele te enrolou

Na verdade só pega a tua foto

Para mim eleitor que vende o voto

É tão ruim quando o cabra que comprou


Se o tal candidato fosse honesto

E quisesse de fato trabalhar

Não seria contigo desonesto

Pode crer ele só quer enganar

Isso nem adianta reclamar

Pois o cara já lhe caloteou

Pois mentiu e o voto te comprou

Te trocou pelo pneu de uma moto

Para mim eleitor que vende o voto

É tão ruim quando o cabra que comprou

 

Se a tua promessa foi votar

Só porque te ofereceu dinheiro

Não me venha depois a reclamar

Pois de fato tu és um maloqueiro

E o tal candidato é o primeiro

A entrar nessa lista que formou

Pois o seu nome não valorizou

Se quiser me comprar eu lhe derroto

Para mim eleitor vende voto

É tão ruim quando o cabra que comprou

 

O votar por dinheiro não é certo

O pegar o dinheiro e não votar

Pode até tu se parecer esperto

Mas tu fosses o primeiro a se enganar

Pois perdesse o direito de cobrar

És igual ao traíra que roubou

Um ladrão que no outro confiou

Pensam juntos que ganharam na loto

Para mim eleitor que vende o voto

É tão ruim quanto o cabra que comprou


29 de abr. de 2020

BRINQUEDOS DO MEU TEMPO.



AUTOR: JOSÉ AMAURI CLEMENTE

Esse povo moderno que hoje  vejo
Não conhece o que é felicidade
Os meninos de hoje tem desejo
Que não é ideal pra sua idade
Estou fora dessa realidade
Vejo isso difícil de aceitar
Pois na rua não saem pra brincar
Por que tudo na tela ele aprecia
No meu tempo os brinquedos que eu fazia
Era muito melhor que o celular

No meu tempo se eu quisesse brincar
Os brinquedos era eu mesmo quem criava
Pois presente dos pais ninguém ganhava
Nem que mesmo chegasse a implorar
Um cavalo eu usava um mangará
Com espeto e fazia dele as pernas
Com as unhas fazia uma caverna
Tinha espaço na terra quente ou fria
No meu tempo os brinquedos que eu fazia
Era muito melhor que o celular


Com garrafa de água sanitária
Com areia e arame ultrapassado
Já bastava pra ganhar a diária
E deixar os vizinhos inconformado
Era um lepe lepe desgraçado
Que fazia zoada de lascar
Muitas vezes eu via reclamar
Meu avô minha vò e minha tia
No meu tempo os brinquedos que eu fazia
Era muito melhor que o celular

Com uma lata de óleo enferrujada
De chinelo os pneus eu quem fazia
E deixava a carreta carregada
De areia molhada ou terra fria
De um cordão ou um pau formava a guia
Só bastava um cassete pra empurrar
Com borracha eu podia amenizar
Os sopapos que nos buracos dava
No meu tempo os brinquedos que eu criava
Era muito melhor que o celular

Quando o pouco dinheiro que eu ganhava
Quando um troco da feira eu recebia
Os bonecos de plástico que eu comprava
Na sacola para casa já trazia
Era aquilo pra mim uma alegria
E eu passava o tempo sem pensar
Já chamava os amigos pra brincar
Eu notava nos olhos alegria
No meu tempo os brinquedo que eu fazia
Era muito melhor que o celular

A querrenga de coco era o meu carro
Da ladeira eu fazia uma avenida
Arrastado na lama ou no piçarro
A carreira era doida desvalida
Mesmo a morte não era ali sentida
Nem as quedas que eu chegava levar
Quando em toco chegava a se arranhar
Me lavava com álcool ou água fria
No meu tempo o brinquedo que e fazia
Era muito melhor que o celular

De dois quengo de coco eu aprontava
Um tamanco amarrado no cordão
Quando os passos na terra fria eu dava
Minhas marcas ficavam pelo chão
Isso era pra mim a diversão
Era o dia sem hora pra parar
No  instante via a noite chegar
Isso era pra nós uma alegria
No meu tempo os brinquedos que eu fazia
Era muito melhor que o celular

Pés no chão logo no raiar do dia
E descalço andava pela lama
Quando isso papai ou mamãe via
Não gritavam e nem faziam drama
Os moleques que mais pegavam fama
Eram aqueles que mais alto subia
Se escondiam nas galhas ninguém via
Quando alí tinha fruta descascava
No meu tempo os brinquedos que eu criava
Era muito melhor que o celular

Jogar bola, pinhão, bola de gude
De peteca saía pra caçar
De anzol ia sempre alí pescar
Procurar peixe grande no açude
Com meu pai mesmo sendo um pouco rude
Me ensinava a terra cultivar
Pois dizia que tem que trabalhar
Pois menino vadio não criava
No meu tempo os brinquedos que eu criava
Era muito melhor que o celular


Brincadeira de polícia bandido
Garrafão, boto e de roubar bandeira
Cada dia surgia a brincadeira
De correr chega  tinha os pés “doído”
Não havia colete protegido
Pois destreza se tinha pra brincar
Em cavalo coragem de montar
Dava salto de estourar a cia
No meu tempo os brinquedos que eu fazia
Era muito melhor que o celular

Quem me dera que esse tempo voltasse
E criança eu fosse novamente
E se fosse possível que eu mostrasse
A essa turma de jovem adolescente
Se eu vivesse essa vida novamente
E escolhesse no tempo aqui voltar
Formaria uma turma pra brincar
E pra essa galera mostraria
No tempo os brinquedos que eu fazia
Era muito melhor que o celular.















EITA!!!!!!!!!

Nesse mundo tem gente que não pensa
E se pensa se faz de idiota
Fica aos gritos e fazendo marmota
Acredita em tudo da imprensa
Faz do homem o deus da sua crença
E achando que todos são assim
E seu ídolo pra eles nunca é ruim
E ainda por cima quer tá certo
O individuo que sempre se acha esperto
É quem causa a baderna e o motim

Tenho sim minha própria opinião
Não me deixo levar pelo que ouço
Quando estou pra cair no calabouço
Verifico com calma a solução
Não saí pra votar nessa eleição
Pra escolher um senhor pra escravizar
Só votei por pensar que ia mudar
O sistema que há muito é corrompido
Pelo voto não estou arrependido
E tenho todo direito de falar

Já votei no PT me arrependi
Quando Líder foi preso eu achei bom
E em outros partidos que esqueci
Pois bandido não pode ser o som
Não confio em quem desfaz o tom
Despois muda a promessa quando ganha
E como um animal ladrão de banha
Vem com cara de quem quer ser bonzinho
Por mim pode até ficar sozinho
Por que se depender de mim não ganha


Já vi gente dizer agora é tarde
Por que eu já votei no presidente
Mas já vem a resposta então aguarde
Vou dizer em bom tom e voz ardente
Eu fiquei com a cara descontente
Quando ele alterou sua promessa
Pra crescer o país ainda tem pressa
Tem que ser com destreza e precisão
Eu não tenho ninguém de estimação
To mudando de lado, a hora é essa


Já deixei de votar em gente errada
Que por mim tava preso toda a vida
Já votei numa doida desvalida
Que no meio do turno foi tirada
Não vou tá com a cara deslavada
Pra apoiar um cara sem noção
Que talvez sendo boa a intenção
Quer chamar atenção, ser aplaudido
Eu não tenho maluco nem bandido
Pra criar como alguem de estimação


Seja Lula, Gilmar ou Bolsonaro
Seja Dilma, Mandeta ou Sergio moro
Se tiverem errado eu tiro o couro
Pois meu voto pra mim é muito caro
Vou atrás e procuro pelo faro
Se está certo eu apoio e dou a mão
Não pretendo entrar em discussão
Eu espero ter sido entendido
Deixo claro que eu não tenho bandido
E Nem louco de minha estimação

8 de mar. de 2020

MULHER

Autor: José Amauri Clemente
Todos os direitos reservados


Dizem que a mulher é frágil
Isso eu morro e não aceito
Vou mostrar em verso ágil
Que esse fato está desfeito
Vejo muito cabra macho
Que as vezes acende o facho
E não quer ficar pra traz
Mas pra falar a verdade
Homem não faz a metade
Do que uma mulher faz

Diz a Palavra sagrada
Que o homem é o cabeça
Mas cabeça não faz nada
Sem ter membro, não esqueça
Por isso Deus quando fez
Orientou de uma vez
Deu ao homem à professora
E para o homem dar certo
Tinha que ter sempre perto
A sua auxiliadora

Imagine o que seria
O homem viver sem ela?
Como ele viveria
Lhe faltando uma costela?
Nada ele faria certo
Por isso tem que ter perto
Alguém pra lhe auxiliar
Homem sem mulher ao lado
Quase tudo errado
Sem ela para ajudar

A mulher sempre orienta
Pensa antes de fazer
E quando o perigo enfrenta
Sempre sabe o que dizer
As vezes fica valente
E nos deixa descontente
Quanto conversa e alerta
Quando tudo dar errado
Fica lá desconfiado
Pois sabe que ela está certa

 O fato de falar muito
E repetir o que diz
Falar sempre o mesmo assunto
É para fazer feliz
Pois o homem não escuta
Por isso fica essa luta
Ela diz, ele duvida
Depois fica reclamando
Triste, nervoso e xingando
Quando a causa está perdida

A mulher quando está certa
Está certa mesmo sim
Quando ela diz fique alerta
Não chore nem ache ruim
Você pode ser machão
Xingar, ficar valentão
Outra resposta não tem
Não tem desculpa de nada
Mesmo quando está errada
Ela está certa também

Mulher tem vários talentos
Deus lhe deu na criação
Muitos homens estão isentos
A isso eu presto atenção
Pois a mulher é capaz
De deixar tudo pra traz
E fazer com rapidez
Dez mil coisas meu rapaz
Coisa que você não faz
Nem uma, de cada vez

Faz comida, limpa a casa
Espreme a roupa e estende
Faz fogo de gás ou brasa
Se não tiver fogo acende
Ainda escuta a novela
E se alguém ligar pra ela
Ainda escuta a vizinha
Toda mulher é capaz
Coisa que dez “homem” faz
Uma mulher faz sozinha

Eu já vi mulher criar
Dez filhos que o pai deixou
Sozinha sem reclamar
E ainda orientou
Pois nenhum deu pra bandido
E nem ficou esquecido
Pois aos filhos sempre ama
Foi pai e mãe toda vida
E as vezes esquecida
Tem filho que ainda reclama

Se aqui fosse falar
Do valor que a mulher tem
Seis meses não iam dar
E nem o papel também
Por isso eu ainda digo
Se não concordas comigo
Isso é um problema seu
Não grite nem mude uns tons
A mulher tem muitos dons
Que Deus ao homem não deu

Cada um tem seu valor
Isso é fato registrado
A mulher é linda flor
E Isso está confirmado
O homem pode ser forte
Vou dizer até a morte
Que a mulher é importante
Ache ruim quem quiser
Mas se não for a mulher
O homem não vai adiante

 Quando Deus fez a mulher
Já sabia muito bem
Pois Ele sabe o que quer
E não pergunta a ninguém
Sabendo que a companheira
Ia ser a conselheira
E ao homem ia ajudar
Pois se ficasse sozinho
Sempre erraria o caminho
Sem saber onde chegar

Uma coisa certa eu sei
Se fosse eu que aprovasse
Eu criaria uma Lei
Pra que o tempo não passasse
E logo promulgaria
E embaixo assinaria
Homenageando ela
E pra honrar seu valor
Fora o dia do Senhor
Os outros seriam dela.