O passo à
frente sob a ordem do policial fez-me entender que a igualdade apregoada pelos
conformados com o sistema, está longe do que deveria ser. Tivesse o policial abordado
o negro da mesma forma que abordou o motorista branco a poucos minutos, teria
deixado uma impressão diferente para os espectadores.
A sabatina
feita ao desconhecido “negro” não teve o mesmo tom de voz nem a mesma
quantidade de perguntas feitas ao motorista anterior. Não tem o negro direito a
comprar um carro do ano? Não pode o negro levar seus amigos à praia sem drogas
no porta malas e sem cigarros no porta luvas? O simples baixar do vidro não
teria respondido aos questionamentos sobre o negro assim como respondeu as
dúvidas sobre o branco?
Um país mestiço que tenta esconder sua origem, tona-se inferior apenas por não aceitar sua
diversidade.
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