20 de abr. de 2010

19 DE ABRIL. SEM MUITO O QUE COMEMORAR.


Em alguns lugares do Brasil, pessoas se reúnem para comemorar, ou pelo menos lembrar que o dia 19 de abril é o dia do índio. Mas será que têm eles o que festejar?

Por volta do ano 1500 quando os europeus “invadiram” as terras indígenas, haviam por aqui aproximadamente cinco milhões de habitantes (e ainda dizem que o Brasil foi descoberto), eram divididos em tribos de acordo com a raiz lingüística a qual pertenciam: Tupis-guaranis, Macro-jé ou tapuias, Aruaques e Caraibas, Espalhados pelas regiões do Litoral, Planalto Central e Amazônia (e ainda dizem que os portugueses colonizaram esta terra), Falavam mais de 170 línguas e eram cerca de 200 etnias.

Os indígenas que habitavam na época do “descobrimento” viviam da caça, da pesca e da agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca outras lavouras.(E ainda dizem que os Europeus trouxeram novidades na agricultura)

As tribos indígenas possuíam uma relação baseada em regras sociais, políticas e religiosas. O contato entre as tribos acontecia em momentos de guerras, casamentos, cerimônias de enterro e também no momento de estabelecer alianças contra um inimigo comum. (Bem diferente das tribos de Brasília).

Mais de quinhentos anos depois, restam apenas algumas tribos exploradas pelo capitalismo, obrigadas a sobreviverem sob as mãos dos endinheirados que tentam enganá-los com assentamentos e distribuição de terra que sempre pertenceram aos índios. O dia 19 de abril tem mais o que lamentar do que comemorar. Tomaram, saquearam, eliminaram seus costumes, forçaram os índios a dependerem do capitalismo mal dirigido e deram-lhe um dia apenas para lembrar que foram donos desta ilha chamada Brasil.

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