19 de mar. de 2014

CONTROVERSIAS DO AVANÇO



Sou a favor do avanço
Que acontece hoje em dia
Pra alguns trouxe descanso
Pra outros trouxe agonia
Vou contar a diferença
Os fatos e desavenças
Da tal tecnologia

No meu tempo o rádio era
Motor Radio ou Nordsom
Colorado ou NovaEra
Todo mundo achava bom
Pouco gente possuía
Festejava com alegria
Mesmo tendo pouco som

Rádio não era comum
Pouca gente possuía
Existia o três em um
Que muita gente queria
Mas o preço era danado
Um sufoco desgraçado
E comprar ninguém podia

Televisão, nem falar
Quando tinha admirava
Duas horas pra ligar
Quando o botão apertava
Pra pegar era um chiado
Com um branco desbotado
Que pouca coisa enxergava

Antena pé de galinha
Numa vara se amarrava
Andava a casa todinha
Pra ver se ela pegava
Uma tela diferente
Se colocava na frente
Pra ver se a cor melhorava

Hoje em dia melhorou
Por um lado eu acredito
E por outro desgraçou
Isso já “tava” predito
Há bagunça e confusão
Em rádio e televisão
E o povo acha bonito

Não se dão mais os respeitos
Merecido a quem precisa
Mulher sai mostrando os peitos
Nem se quer a hora avisa
A música perdeu tom
Não se gosta do que é bom
Só o mal se prioriza

É certo que ditadura
Muita coisa proibia
Mas na chamada cultura
Muita coisa boa havia
Se transmitia respeito
Com o mínimo de defeito
Pra o povo daqueles “dia”

Na época só existia
Rádio e televisão
Internet não havia
Para comunicação
Controlava com clareza
Sem haver severgonheza
Nos meios de transmissão

Com a tecnologia
Presente na nossa era
O mundo virou orgia
O “pecado” hoje lidera
Cada vez tá piorando
Gente mentindo e roubando
O que é bom desconsidera

Pequeno ficou o mundo
Com o avanço alcançado
Conhecimento profundo
Tudo tem alavancado
Mas se for para escolher
Talvez eu chegue a dizer
Tempo bom foi o passado

Tempo que a família tinha
De sentar “pra” conversar
Tocar viola a tardinha
Dar gargalhada e cantar
Recitando poesia
Com paz e com alegria
Na inocência do lar

Havia sempre o respeito
Aos pais e familiares
As vezes tinham defeito
Mas pra controle dos lares
Aos pais os filhos temiam
E com respeito cresciam
Não eram escravos dos bares

Como disse no começo
Amo a tecnologia
Mas tudo tem o seu preço
Tudo mudou hoje em dia
É necessário crescer
Sem no entanto perder
O que ganhamos um dia

Termino o tema dizendo
Falo sem medo de errar
Se continuar crescendo
Sem na família pensar
É melhor ser atrasado
Viver no mundo isolado
Mas a família salvar.



José Amauri Clemente
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS











12 de mar. de 2014

SÓ SE APRENDE QUANDO APANHA



AUTOR: JOSÉ AMAURI CLEMENTE


Tem um proverbio falado
É o mais certo do mundo
Quem criou tava inspirado
Tem um saber bem profundo
Que brasileiro tem manha
Só aprende quando apanha
Leva pau e sai gritando
Vou relatar pra os amigos
O que aconteceu comigo
E tu vai sair chorando

Vou contar em passos  lento
Pra puder chegar no fim
Falar do meu casamento
Contar titim por tim tim
Um caso que não deu certo
Pois eu metido a esperto
Fui dá uma de durão
Acabei perdendo a fama
Por viver de cama em cama
E metido a Ricardão

Me casei com uma pessoa
Bonita de fazer gosto
Além de bonita boa
Sem um defeito no rosto
Dessas bonita e formosa
Que mais parece uma rosa
Que enfeita o mundo inteiro
Andava sempre cheirosa
Bonita e boa de prosa
Um sonho de brasileiro

Quando me casei com ela
Nem tinha onde me sentar
Nem uma caixa de vela
Eu poderia comprar
Mas nós trabalhamos junto
Sempre com o mermo assunto
De um dia miorá
Até que em poucos janeiros
Nós já tinha algum dinheiro
Por que sabia juntar.

Meu casamento ia bem
Agente era bem feliz
Na nossa vida ninguém
Ia meter o nariz
Combinava direitinho
No lar só tinha carinho
Amor e satisfação
Até que um certo dia
Eu fiz uma covardia
E fiz uma traição

Nos conseio do amigo
Arrumei outra muié
Amigo não inimigo
Que o nosso bem não qué
Fui me envolvendo rapaz
De notar não fui capaz
Onde tava me metendo
Recebi conseio de sobra
Ela virou uma cobra
Depois que ficou sabendo

Me chamou pra conversar
E deu aconselhamento
Lutou para conservar
Tanto o nosso casamento
Mais é que estava cego
Satisfazendo meu ego
Nem beleza nela via
Eu lamento nessa hora
Por que ela foi embora
Faz dois anos e quinze dias

Foram dois anos lutando
Dizendo que eu tava errado
Que a outra só me queria
Quando eu tivesse abastado
Mas quando eu tivesse liso
Ia ter um prejuízo
E ser jogado na lama
Hoje percebo a cilada
Tô dormindo na calçada
E fui jogado da cama

O dinheiro repartido
A prostituta comeu
Arrumou outro marido
E de mim já se esqueceu
Já chorei que só o cão
Voltei pedindo perdão
Chorando desconfiado
Mais ela nem deu ouvido
Pois já tem outro marido
Não me quer mais nem pintado

Gastei tudo quanto tinha
Com a bandida safada
Casa, comida e cozinha
Nunca lhe faltava nada
Tudo que pedia eu dava
Tudo que eu dava gastava
E queria muito mais
E eu como moribundo
Me tornei um vagabundo
Porque baguncei demais

Outra mulher como aquela
Eu morro e não vejo mais
Nem buscando a luz de vela
Ou procurar nos jornais
Perdi por que não pensei
Nem mesmo valorizei
Quem firmou comigo a lida
Trocar uma mulé de luta
Por beijo de prostituva
É a pior coisa da vida

Já dizia o pregador
E quem leu tá lhe dizendo
O que vale é o amor
Viva o que tiver vivendo
Preste atenção no que eu digo
Ouça o conseio de amigo
Se não for pra confusão
Pois para ganhar na vida
O mais que vale a perdida
É o pedaço de pão.

JOSE AMAURI CLEMENTE