Autor: José Amauri Clemente
Quando
Deus teve a ideia
De criar
o ser humano
Não
precisou de plateia
Isso já
era seu plano.
A mulher
ele criou,
De dons
lhe abençoou
Lhe dando
beleza e brilho,
Mas de
toda essa beleza
A mais
bela com certeza
É o dom
de gerar filho.
Mãe é
completa demais,
Perfeita
até quando erra,
Mesmo os
filhos desiguais
Seja na
paz ou na guerra,
Ela
sempre tem um jeito,
Aquele
gesto perfeito
Pra tudo
tem solução,
Quando
pode vai na calma
Se não
pode esquenta a alma
E acaba a
discussão.
Já vi mãe
de todo jeito,
Tem
aquela bem nervosa,
Quando
ver algo mal feito
Não
espera e nem quer prosa,
Vai logo
na chinelada
No
carinho ou na pancada
Joga o que
tiver na mão,
Aí depois
que pergunta,
Se tiver
errado ajunta
Os filhos
no cinturão
Tem
aquela “acoviteira”
Que em
tudo passa a mão,
Se o
filho faz besteira
Ela diz:
Se importe não!
Com o
tempo você cresce,
Isso aí
desaparece,
Tudo vai
se resolver,
Deixa
tudo como vai
Nem conte
isso a seu pai
Nem
precisa ele saber!
Tem a mãe
atiradora
Que não
erra quando atira,
Joga
chinelo e vassoura
E duvido
errar a mira.
Joga o
que tiver na mão
Chinelo,
colher, pilão
E o que
poder pegar,
Gritou
ela está alerta
E o pior
que acerta
No canto
que ela mirar.
De mãe
coruja tá cheio,
O filho é
sempre o mais lindo,
Todo
mundo acha feio
Ela só
olha sorrindo.
Pra ela
não há defeito
Sempre
bonito e perfeito
Seja
Kaique ou Raimundo,
Menino
“fei” da desgraça,
Ela diz
quando lhe abraça:
És o mais
lindo do mundo!
Tem a mãe
perfeccionista
Quer ver
tudo bem certinho,
Pensa que
o filho é artista
Só quer
tudo direitinho.
Diz:
Deixa aí que eu conserto,
Por mais
que ele faça certo
Ela diz:
Está errado!
Sai daí,
deixa eu fazer,
Quando é
que tu vai crescer
Menino
desmantelado?
E tem a
mãe ciumenta
Em tudo
ela tem cuidado,
Toda
desculpa ela inventa
Pra ter o
filho de lado.
Com quem
foi? Com quem chegou?
Com quem
você conversou?
Já comeu
ou quer comer?
Fale
tudo, seja urgente!
Quem te
deu esse presente?
Diga que
eu quero saber!
Quase
todas profetizam
E quando
diz acontece.
Alertam,
falam e avisam,
O filho
não obedece.
Quando
diz: Vai tropeçar
Mal acaba
de falar
Acontece
de repente,
Se
disser: Tenha cuidado,
Você vai
ficar gripado,
O filho fica
doente.
E tem a
mãe enfermeira
Que sabe
passar remédio,
Faz chá
de qualquer besteira
More na
roça ou no prédio.
Faz chá
de casca de pau,
Bota
soro, faz mingau,
Faz chá
de tudo no mundo
Pra ver o
filho dormir,
Só assim
volta a sorrir
Sentindo
um prazer profundo.
Porém a
mais sofredora
Talvez
seja mãe vigia,
Seu dom
de mãe protetora
Lhe deixa
grande agonia.
Quando o
filho sai de casa
Seu
coração fica em brasa
Não dorme
nem se for morta,
Seus
olhos voltam a ter brilho,
Quando
escuta a mão do filho
Torcendo
o trinco da porta.
Se aqui
fosse relatar
Muitas
rimas advêm
O tempo
não iria dar
Palavras
são mais de cem.
É pena
que muitos filhos
Não
valorizam os brilhos
Que da
nossa mãe deriva
Quem
perdeu vive a chorar
Quando
deveria amar
Enquanto
ela estava viva
Rima com
mãe não achei
Não tem
rima pra rimar,
Muitas
vezes procurei
Mas não
deu pra encontrar.
Isso
prova que esse som
É único,
perfeito e bom
E não
perde pra ninguém,
Pois até
Deus, Pai da luz
Quando
nos mandou Jesus
Precisou
de mãe também.
Não importa
sua cor
Seu lugar
de nascimento,
O que
importa é seu valor
Seu riso
e seu sentimento.
Toda
mulher é perfeita,
Pois
quando é mãe se endireita
Corrige
os defeitos seus,
Perfeita
até quando erra,
Toda mãe
aqui na terra
É um
pedacinho de Deus.
12
de maio de 2017
Quero aqui agradecer
ResponderExcluirA quem encanta a vida
Fazendo da inspiração
Fonte de luz e saber
Gerando no coração
A beleza de ser mãe
e a benção de ser filho.
Deus ilumine cada dia da sua vida. Um grande abraço Grande Poeta AMAURI!