4 de set. de 2016

O SONHO


AUTOR: JOSÉ AMAURI CLEMENTE
AGOSTO 2016
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


Em sonho eu presenciei
Um encontro triunfal
Algo que sempre esperei:
Ver o Juízo final
O dia do galardão
Onde Deus com sua mão
Abriu o livro da vida
E a cada uma chamava
Que ao ouvir se aproximava
Pra falar e ser ouvida

Pra sena ser assistida
No lugar alto eu estava
Ali era a despedida
E quem na fila esperava?
Gente de toda nação
Aguardava ter na mão
O nome pra ser chamado
Eu esperava meu nome
Pois Jesus filho do homem
No trono estava sentado

Vi um nome anunciado:
Barrabás! Alguém gritou
Ele então desconfiado
Do trono se aproximou
Jesus então lhe olhando
Disse assim quase chorando
Você fez revolução
Mas teve oportunidade
Se encontrou com a verdade
E não quis a salvação

Tivestes disposição
De grandes grupos formar
De fazer oposição
Reunir e protestar
Mas contigo me encontrei
E nova chance te dei
E você não aceitou
Preferiu aplauso e fama
Jogou a chance na lama
Mesmo sabendo quem sou

Em seguida alguém bradou:
Pilatos é sua vez!
Ele um passo adiantou
Um sorriso irônico fez
Jesus então suspirou
E com olhar de amor
Abriu o que estava escrito
E disse: Você falhou
E a salvação recusou
Não por que tava predito

Seu nome não estava escrito
No livro da perdição
Pois assim eu tinha dito
Já na tua formação
Poder e glória te dei
Mas contigo me encontrei
Pois vi tua ansiedade
Mas você de mim zombou
E a verdade rejeitou
Pra tua infelicidade

Para o trono da verdade
Foi Dimas então chamado
Um ladrão sem piedade
A Barrabás comparado
Que durante a sua vida
Que na terra foi vivida
Não foram bons os seus atos
E eu com a minha crença
Já não via diferença
Entre o ladrão e Pilatos

Dimas pensando nos fatos
Já não podia negar
Pensando em todos os atos
Nem pra Deus podia olhar
Mas Jesus com sua luz
Lembrou do dia da cruz
Quando Dimas disse em dor:
Eu sei que dei prejuízo
Mas no dia do juízo
Lembra desse pecador

Jesus disse com amor:
Dimas se aproxime mais
Fostes mesmo pecador
Seus atos foram iguais
A Barrabás e Pilatos
Não posso negar os fatos
Pois pecado é tudo igual
Mas quando a mim encontrasse
Com amor tu me aceitasse
Desprezasse todo mal

Não foi nada casual
O encontro lá na cruz
Pois mesmo com todo mal
Você aceitou a luz
Viu que estava a teu lado
Quem por ti foi maltratado
Para poder te salvar
Pois abriu o coração
Pediu e teve perdão
Antes da vida acabar

O motivo de hoje estar
Do pecado perdoado
Foi por não me recusar,
O Cristo crucificado
Quando você confessou
Sei que você não falou
Mas enfim reconheceu
Que a vida só tem vida
Quando é oferecida
Quem de volta a vida deu

Vendo aquela sena eu
Fiquei pasmo observando
Vendo quem a vida deu
Com o pecador se abraçando
Tava ele perdoado
Pelo Salvador julgado
Só por que reconheceu
E confessou seu pecado
Quando ficou confrontado
Com o Cristo que venceu
   
Vi chamar o nome meu
Eu tremi ao escutar
O meu corpo estremeceu
Sentei na cama a pensar
O sonho tinha acabado
Eu tava sendo alertado
Enquanto estava com vida
Percebi sem ter engano
Ter Deus em segundo plano
É ter a vida perdida

Será que no fim da vida
Quando tudo se acabar
Quando aqui findar a lida
E meu nome Ele chamar
Qual vai ser o fim da história
Quando Ele vier em glória
Pra julgar todos meus atos
Vou viver sempre na luz
Adorando ao meu Jesus
Ou com Barrabas e Pilatos?